Alguém que não sou
Não gosto muito da ideia de
como a sociedade enxerga as pessoas certas. Mas... Quem são as pessoas certas?
São aquelas com cabelos loiros, olhos azuis, magras, com corpo bem definido,
uma carinha de “santa”, porém, no fundo, contam-se suas qualidades com a
quantidade de dedos que temos nas mãos? Ou aquela pessoa baixinha, acima do
peso, morena, usando óculos, que não sai da frente dos livros e que tem muitas
qualidades?
Com a ajuda dos estereótipos, isso se confunde ainda mais.
Um bom exemplo é: “Loira é burra.” Essa é uma frase muito utilizada, porém não
passa de uma grande besteira que contradiz o que seria a pessoa vista de melhor
forma, que é loira com olhos claros.
Visto por esse lado, o que sou na sociedade? Como ela me vê?
Como meu “eu” é descrito? Essas são algumas perguntas entre muitas que não
conseguirei responder, mesmo sendo sobre mim.
Sei quem sou, sei quem posso ser e sei o que já fui. Sou
daquelas que ama ler; tenho muitas manias boas e ruins; tenho ídolos que fazem
bastante sucesso; tenho colegas, amigos, melhores amigos, amigos de infância e
aqueles que não gosto muito; sou uma caixinha de surpresas... Nunca se sabe o
que vai sair; muitas vezes não ligo para o que os outros dizem; não me irrito
com facilidade, mas irrito com muita facilidade.
Entre estas e muitas outras, essa sou eu. Dificilmente alguma
pessoa conseguirá saber todas as minhas qualidades e meus defeitos. Muitos só
veem meu exterior e poucos sabem do interior. Por isso, não serei o que as
pessoas querem que eu seja e, tampouco, a pessoa que acham que sou.
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